AS ORIGENS
A Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, CRL foi fundada a 22 de Maio de 1944, constituindo-se desde então como uma instituição de primeira linha local em termos económicos, mas também sociais e até culturais, assumindo a promoção da cultura do cooperativismo junto da nossa comunidade.
Foram fundadores da instituição: Germano José Gomes, José Tomas Nunes, Manuel Silveira Gonçalves, António Joaquim dos Reis, Manuel Mendonça e Ávila, João Alves dos Ramos, Guilherme Luís de Oliveira, João Silveira de Azevedo, José Nunes Belo, Manuel Cândido de Matos, Victor Bettencourt Brasil, António Joaquim Francisco, José Brasil Aguiar e António Silveira Leonardo.
Deste grupo de associados-fundadores saiu a primeira Direção, que deu corpo a uma ideia generosa de partilha numa comunidade afastada dos centros principais, mesmo em S. Jorge – sobretudo à altura – e por isso necessitada de estimular a auto-ajuda até como forma essencial de sobrevivência. Foram Presidentes da Direção desta casa desde a sua fundação: Germano José Gomes, Manuel Mendonça e Ávila, José Joaquim Borges Jr., José Tomás Ramos, José Tomás Nunes, José Luís Coelho, Manuel dos Santos Silveira, Lourenço Ventura da Silveira e José Leovegildo Sousa Azevedo.
OS ANTECEDENTES
A Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, CRL é herdeira duma tradição de associativismo na qual sobressai, tanto quanto é possível recuar por exercício de memória, uma pequena fábrica particular existente no lugar do Lameiro, arrendada por Manuel Constantino Borba e que funcionou sem estatutos e sem estar legalizada.
A nossa cooperativa nasce, entretanto, em 1944 por ação de um grupo de lavradores que se apressam a elaborar e aprovar os estatutos, legalizando assim a entidade. Em simultâneo funcionava em Santo Antão uma sociedade particular denominada Nova Aliança e cujos proprietários eram: José Borges, Amaro Coelho, Manuel Oliveira, João António, Manuel Teixeira (de Stª Rosa), João da Ponta, Manuel Teixeira, pai (da Ribeirinha), Jaime Teixeira e Jaiminho (da Urzelina).
As duas entidades fundem-se no ano de 1947, juntando-se no primeiro edifício da Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, CRL onde até então funcionava a Nova Aliança. No local ergue-se hoje a Igreja de Santo Antão.
OS MOMENTOS MARCANTES
Outro dos momentos marcantes na vida da cooperativa é a deliberação da Assembleia Geral, tomada em 1984, de construir uma nova fábrica na Ribeira das Lixívias, que foi inaugurada a 15 de Agosto de 1986. Entretanto ultrapassada em termos quantitativos e qualitativos, face à dinâmica de produção de leite dos associados e tendo presente a evolução do conhecimento, das tecnologias e das exigência do mercado, a fábrica teve que ser substituída, o que aconteceu a partir de uma nova deliberação da Assembleia Geral, esta de 2005, tendo a nova unidade fabril sido inaugurada a 05 de Agosto de 2009.
O ano de 2003 é marcante na vida da Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo,CRL uma vez que nessa data é extinto em definitivo o sistema arcaico de recolha de leite baseado em postos espalhados pela Zona do Topo, todos de construção anterior a 1958, excepto o do Cruzal, que foi construído nesse ano. A entrega direta de leite na fábrica, sistema que substitui os postos, introduz um potencial de ganhos de qualidade que era impossível com o ultrapassado sistema anterior.
A CAMINHO DO FUTURO
Com a sua nova unidade fabril, a Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, CRL passa a estar equipada com uma fábrica construída de raiz, projetada com visão de futuro e equipada com material de ponta indicado para a laboração de leite cru e sua transformação em queijo com garantia máxima de qualidade.
A nova fábrica foi projetada para garantir a produção generalizada de queijo de alta qualidade, capaz não só de competir nos mercados português e europeu, mas também no exigente e interessante mercado norte-americano – aqui não apenas no chamado “mercado da saudade” (o mercado dos emigrantes açorianos), mas no mercado global dos Estados Unidos e Canadá.